Renegociar contratos na gestão de frota: como e quando fazer

A forma como negociamos depois da metade de março deste ano ficou diferente. Em função da pandemia todos estamos aprendendo a lidar da melhor forma com os negócios. Fato é que ninguém estava preparado para essa nova tomada de decisões, por isso, é importante, mais do que nunca, verificar as medidas que estão sendo tomadas por outros modelos semelhantes, parceiros, governo e clientes.

Com o isolamento social como um dos recursos mais eficazes para evitar a proliferação da Covid-19, a mudança em formatos de trabalho, parcerias e consumo foi drástica, o que vem causando impacto negativo direto no volume de vendas e no lucro de negócios dos mais variados segmentos. No caso dos setores de transporte e logística o volume de trabalho pode ter sido inclusive maior, porém os modelos restritivos trazem prejuízos a todos, dos recursos humanos à questão de localização e manutenção de sedes, por exemplo.

Nesse caso, como gestor de frota, você deve pensar em criativas e diferentes maneiras de renegociação. Isso vale para os seus contratos firmados com parcerias e fornecedores. Acompanhe com a gente como a sua lista de prioridades pode e deve ajudar nesse momento:

Procure apoio na legislação

Quando um contrato é firmado entre empresa e fornecedor ou empresa e cliente, todos têm responsabilidade no cumprimento do acordo, certo? Então é possível observar na legislação algumas ressalvas, como o Código Civil, no artigo 393, especificamente, que determina: 

“O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.”

O que isso significa? Que casos fortuitos aplicam-se à pandemia, já que tratam de questões que não podem ser evitadas por intervenção humana, tais como terremotos, tsunamis, furacões e outros fenômenos da natureza. Resumindo: contratos que constem o termo “força maior” podem ser revistos, suspensos por período determinado ou mesmo rescindidos.

Além disso, a Lei da Liberdade Econômica (13.874/2019) e outras legislações podem dar o suporte necessário, por isso, converse amplamente com seu setor jurídico para entender melhor suas alternativas sob os olhos da lei.

Sedes comerciais e contratos de aluguel devem ser revistos

O fechamento ou abertura parcial dos comércios em função da pandemia atingiu todo o país. Ainda que alguns negócios permaneçam ativos, mesmo com quadro de funcionários reduzido, o fato é que o baixo número de pessoas circulando influencia diretamente em nossa rotina. Ainda que motoristas em serviço, por exemplo, estejam trabalhando, suas paradas ficam restritas a lugares abertos e as entregas de cargas devem ser cada vez mais organizadas. O mesmo deve acontecer com sua sede.

Despesas fixas como aluguel comercial precisam ser honradas mas é possível negociar contratos como esse, especialmente por motivos como o coronavírus. Conte com o bom senso e a boa-fé dos envolvidos, afinal, estamos vivendo uma situação sem precedentes e todos querem sair dessa com o mínimo de prejuízos possíveis.  

Algumas medidas que podem ser tomadas:

– acordar um desconto no valor do aluguel pelo período que durar a pandemia;

– reduzir a quantia cobrada por um tempo determinado e transferir essa diferença para ser cobrada no final do contrato;

– nos contratos de serviços essenciais (energia elétrica, água, telefonia) devem permanecer, porém, evite o desperdício. Com grande parte da equipe trabalhando no modelo home office, estabeleça metas internas de consumo. 

A internet é essencial, negocie se precisar

A internet vem sendo utilizada em ambos os modelos, para quem está operando diretamente da empresa e para quem está no formato home office. Por isso, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) firmou um acordo com as operadoras para garantir a continuidade desse serviço.

Por ser um serviço essencial, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) reforça que, caso o consumidor tenha algum problema com o fornecimento, deve entrar em contato com a operadora para registrar queixa.

É possível também abrir um pedido de reclamação formal na Anatel, porém não há orientações sobre a possibilidade de não pagamento desse serviço durante o período de isolamento social por conta do coronavírus. Caso você precise negociar este tipo de contrato o mais indicado é entrar em contato diretamente com o seu fornecedor, no caso, a operadora. Uma alternativa é pedir a redução de velocidade já que a operação home office diminuiu o número de funcionários nas sees. 

Recursos humanos também podem se conscientizar

É um momento sensível a todos em que aprendemos que os custos devem ser reduzidos de qualquer maneira, então conte com o bom senso da sua equipe para evitar o desperdício de recursos e provimentos. Informe abertamente da situação sem incitar o pânico, mas diga que, assim como em cada residência, as empresas também devem manter a economia possível.

Auxilie, inclusive, com dívidas pessoais: o Banco Central deu permissão para os bancos criarem planos de renegociação de dívidas provenientes de empréstimos para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. 

Avaliar o que deve ser mantido ou não é uma prioridade

Faça a sua lista de prioridades considerando todos os fatores necessários. Você já reduziu o que pode, mas o que não pode ser reduzido? Justamente o que lhe ajuda a economizar. 

Quais são os investimentos que ajudam a economizar? A tecnologia pode ser uma grande aliada nesse momento. Soluções como software de gestão (ERPs) são essenciais para manter o controle da sua gestão, assim como demais soluções tecnológicas que funcionem como apoio nos seus negócios.

Negociar ou cancelar contratos durante a pandemia de coronavírus é uma decisão bastante particular de cada empreendedor, porém, busque reunir-se com clientes, fornecedores e demais gestores para chegar a um consenso. Vale o que é melhor para os negócios. 

Precisa abastecer, mas precisa controlar

O abastecimento é premissa para o funcionamento de uma frota, e isso você não poderá evitar. O que é possível fazer e negociar é o controle desse custo de maneira mais eficaz, e para isso, tenha um gerenciamento confiável de controle de abastecimento.

O CTA Smart mensura quanto cada caminhão gasta e quanto sua frota gasta no total, fornece relatórios e permite que você faça uma estimativa de consumo de combustível em cada veículo, comparar gastos em cada tipo de veículo e rotas, e assim fazer o seu plano de contingência para diminuir ainda mais os custos com abastecimento. Fale com a gente e tenha uma dimensão real de como você pode economizar com a solução sem precisar renegociar o que não pode ser cancelado. 

Identifique caminhos para sair da crise da melhor maneira possível, sem prejudicar seu crescimento ou relacionamento com fornecedores. Vale lembrar que as demais empresas que fornecem produtos ou prestam serviços para que o seu negócio funcione também se encontram na mesma situação.

NAVEGAÇÃO RÁPIDA

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